terça-feira, 31 de maio de 2011

Guardadores do domingo, quais argumentos?

Para que se inicie este estudo para provar ou pelo menos se fazer refletir que o domingo não é o dia de guarda cristão, é necessário que tenha em mãos uma bíblia (opcional) de qualquer tradução para que possa ver que os textos bíblicos apresentados são reais e não inventados para reforçar a teoria apresentada.
Iremos fazer está reflexão com argumentos católicos retirados de um Blog do catolicismo (http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2008/06/23/por-que-a-igreja-guarda-o-domingo-e-nao-o-sabado/) os argumentos católicos estarão em itálico e os meus argumentos em fonte normal para que a cada parágrafo possa confrontar e derrubar os argumentos católicos, sendo todos com base bíblica. Espero que reflitam.

"O motivo mais importante é que Jesus ressuscitou no Domingo, inaugurando a "nova criação" libertada do pecado. Assim o Domingo (= dominus, dia do Senhor) é a plenitude do Sábado judaico. Sabemos que o Antigo Testamento é um figura do Novo; o sábado judaico é uma figura do domingo cristão. O Catecismo da Igreja assim explica:

§2175 – “O Domingo distingue-se expressamente do sábado, ao qual sucede cronologicamente, cada semana, e cuja prescrição ritual substitui, para os cristãos. Leva à plenitude, na Páscoa de Cristo, a verdade espiritual do Sábado judaico e anuncia o repouso eterno do homem em Deus. Com efeito, o culto da lei preparava o mistério de Cristo, e o que nele se praticava prefigurava, de alguma forma, algum aspecto de Cristo (1Cor 10,11)”.

Antes veja o que diz 1Cor 10:11 "Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos."
Como pode ser visto são apresentados muitos argumentos em dois parágrafos e apenas um versículo bíblico para justificar tantos argumentos. O argumento católico diz que um ritual substitui o sábado pelo domingo, por uma questão lógica, mas como sempre sem nenhuma base bíblica para comprovar que realmente foi isto que cristo pregou. No final é apresentado um texto bíblico para justificar um dos argumentos apresentados, de que o sábado é figura do domingo cristão, mas o versículo está sendo usado fora do contexto, Paulo estava se referindo a todos os avisos que ele, Jesus e Deus haviam dado sobre o fim, ou seja, está escrito em sentido figurativo (parábolas, histórias que cristo formulava para ensinar) mas que estas figuras (parábolas) serve para nosso aviso sobre o fim (1Cor 10:1-13).
Os Apóstolos celebravam a Missa “no primeiro dia da semana”; isto é, no Domingo, como vemos em At 20,7: “No primeiro dia da semana, estando nós reunidos para a fração do pão…” Em Mt 28, 1 vemos: “Após o Sábado, ao raiar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria vieram ao Sepulcro…” Em Ap 1, 10, São João fala que “no dia do Senhor, fui movido pelo Espírito…” e a coleta era feita “no primeiro dia da semana” (1Cor 16,2).

Muito bem, agora sim nesse parágrafo temos mais argumentos bíblicos que facilmente são desmascarados, vamos analisar; o primeiro texto apresentado é o de atos 20:7 no qual demonstra que os apóstolos (exceto Paulo que viajava) estavam repartindo o pão no domingo, o que não significa nada a não ser que eles estavam jantando e também está comunhão acontecia outros dias como diz os textos abaixo:
Atos 2:42 "E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações."
Atos 2:46 "E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,"
Também é usado Mt 28:1 onde diz que as mulheres iriam ver o corpo de Jesus, mas nada significativo para guarda do domingo e aí entra os adventistas (Ellen White) ou melhor o sábado, porque é a partir daí que vemos que Maria guardou o sábado e não o Domingo como diz:
Lc. 23:56 "E, voltando elas, prepararam especiarias e ungüentos; e no sábado repousaram, conforme o mandamento."
Agora o argumento usa um conjunto de textos para provar que o dia do senhor é o domingo que é Apoc.1:10 como está escrito no argumento e 1Cor. 16:2 que diz:
"No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar."
Como pode ser visto no domingo foi o dia em que Paulo designou a colheita das ofertas, mas nada que justifique o título do Domingo como dia do senhor, no mínimo dia da oferta, e se raciocinado melhor este argumento pode ser considerado blasfêmia já que está se comparando o dia de colheita de dinheiro com o dia santo de Deus (que provavelmente seria o sábado ou não).
Depois o texto continua sem mais nenhum argumento bíblico, mas mesmo assim irei exibi-lo.

A Epístola de Barnabás (74 d.C.) um dos documentos mais antigos da Igreja, anterior ao Apocalipse, dizia: “Guardamos o oitavo dia (o domingo) com alegria, o dia
em que Jesus levantou-se dos mortos” (Barnabás 15:6-8).

Santo Inácio de Antioquia (†107), mártir no Coliseu de Roma, bispo, dizia: “Aqueles que viviam segundo a ordem antiga das coisas voltaram-se para a nova esperança, não mais observando o Sábado, mas sim o dia do Senhor, no qual a nossa vida foi abençoada, por Ele e por sua morte” (Carta aos Magnésios. 9,1).
E aí pergunto, o que vale mais, a bíblia verdadeira palavra de Deus ou palavras vazias de cristãos do passado, lembre-se nada disso está na bíblia, a não ser nos livros apócrifos que foram inseridos na bíblia católica para favorecer suas doutrinas e mesmo assim não se fala em domingo (todos livros apócrifos são do antigo testamento).

“Devido à Tradição Apostólica que tem origem no próprio dia da ressurreição de Cristo, a Igreja celebra o mistério pascal a cada oitavo dia, no dia chamado com razão o dia do Senhor ou Domingo” (SC 106). O dia da ressurreição de Cristo é ao mesmo tempo “o primeiro dia da semana”, memorial do primeiro dia da criação, e o “oitavo dia”, em que Cristo, depois do seu “repouso” do grande Sábado, inaugura o dia “que o Senhor fez”, o “dia que não conhece ocaso”. (Cat. §1166)

Como já mostrei aqui não a provas de que os apóstolos guardavam o domingo apenas que jantavam e conversavam e isso não só no domingo (Atos 20:7), mas todos os dias (Atos 2:42 e 43). E também Maria depois da morte de Cristo guardou o sábado (Lc. 23:56).

São Justino (†165), mártir, escreveu: “Reunimo-nos todos no dia do sol, porque é o primeiro dia após o Sábado dos judeus, mas também o primeiro dia em que Deus, extraindo a matéria das trevas, criou o mundo e, neste mesmo dia, Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dentre os mortos“ (Apologia 1,67).
Viram? Dia do sol, por isso Constatino I obrigou a igreja a guardar o domingo, dando como desculpa a ressurreição de Cristo. O pensamento de Justino pode até ter sua lógica "...extraindo a matéria das trevas, criou o mundo e, neste mesmo dia, Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dentre os mortos" , mas não existe uma autorização ou ordem de Deus e nenhuma menção na bíblia que defina a guarda do domingo como a do sábado (Ex. 20:8-11).E se for para usar a lógica podemos dizer que Cristo ressuscitou no domingo porque descansou (guardou) o sábado, sendo assim morrendo na sexta, no sábado seguindo o mandamento e no domingo "voltando ao trabalho" já que estava em forma humana quando estava na terra, mas claro digo isso exemplificando para poder mostrar que não podemos interpretar a bíblia desta forma.

"São Jerônimo (†420), disse: “O dia do Senhor, o dia da ressurreição, o dia dos cristãos, é o nosso dia. É por isso que ele se chama dia do Senhor: pois foi nesse dia que o Senhor subiu vitorioso para junto do Pai. Se os pagãos o denominam dia do sol, também nós o confessamos de bom grado: pois hoje levantou-se a luz do mundo, hoje apareceu o sol de justiça cujos raios trazem a salvação.” (CCL, 78,550,52)

Desta forma a Sagrada Escritura e a Sagrada Tradição da Apostólica nos mostram porque desde a Ressurreição do Senhor a Igreja guarda o Domingo como o Dia do Senhor.

Prof. Felipe Aquino"

Já eu digo diferente do Prof. Felipe: Desta forma vemos que não existe argumentos concretos para a guarda do domingo e também que a igreja católica se baseia mais nas palavras de seus "santos" do que nas palavras de Deus.
Verdades na religião - Charles W.




4 comentários:

  1. 100 Visitas :D Obrigado gente!
    Nenhum comentário além dos meus :(

    ResponderExcluir
  2. SÁBADO:

    É o sétimo dia da semana, consagrado a Deus porque após os seis dias da criação o Criador descansou (Gn 2,2s). Era um dia festivo (Ex 16,4s.14s.16-36; 35,1-3; Is 1,13; Os 2,13), no qual o israelita se abstinha de qualquer trabalho (Ex 20,8-11; Ez 46,1-12; 20,12) e se dedicava à oração (cf. Ex 31,13; Nm 15,32-36; 1Mc 2,32-41 e notas). Sábado é também o dia do anúncio dos bens futuros, escatológicos (Is 56,1-6; 58,13s; 66,22s; Jr 17,19-27; Ez 44,1-12).

    Mas, quando Cristo veio, o jugo dos fariseus fizera do sábado um dia de escravidão (Mt 12,1-14; At 1,12; Lc 6,6; 13,10-17; Jo 5,9-18; 7,21-24; 9,14-16).

    Cristo transforma o sábado no dia da sepultura (Lc 23,53s; Jo 19,31-42) e fixa para o dia seguinte -domingo -o dia da Ressurreição, da libertação, da nova criação (Mc 16,2-9; Jo 20,1.19).

    O domingo é o dia em que o Senhor se manifesta (Jo 20,16.26) e transmite o seu perdão (Jo 20,19-23). É o dia da reunião da comunidade cristã (At 20,7; 1Cor 16,2). Por isso, o sétimo dia no qual o cristão repousa e se dedica à oração é o domingo (At 20,7; Ap 1,10 e nota). Ver "Domingo", "Culto", "Festa".

    A princípio, os cristãos observavam o sábado, como também subiam ao Templo (At 2,46; 3,1; 5,20-25). Mas depressa se impôs o Domingo, dia da Ressurreição (At 20,7; 1Cor 16,2; Mc 16,1; Mt 28,1; Lc 24,1; Jo 20,1; Cl 2,16; Ap 1,10). Por isso, não devemos manter as festas da Antiga Aliança (Cl 2,16.20; Gl 4,3.10).

    ResponderExcluir
  3. Parabéns senhor wilton, ótimas colocações!

    ResponderExcluir