sábado, 25 de junho de 2011

Sábado ou Domingo?(Parte 4)

Final

Agora vocês terão os últimos argumentos sabáticos sobre o assunto, a última parte do debate. A seguir:

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Olá Luís Filipe, eu recentemente comecei a ter mais conhecimento da doutrina adventista para poder assim conhecer a qual igreja estou seguindo e também para apresentar argumentos concretos em debates como este. Mais uma vez é com muito prazer que começo a refutação dos argumentos com "cautela e reverência" a sagradas escrituras.

1) o Novo Testamento não revela que as atividades celebrativas cristãs foram realizadas aos sábados, mas sim aos Domingos.Realmente Luís eu me equivoquei ao apresentar atos 17:2 como ATIVIDADES CELEBRATIVAS o que realmente quis dizer é que O COSTUME DE PAULO era evangelizar, ler e estudar as sagradas escrituras no dia de sábado. Também deve ser levado em consideração que Paulo sempre escolhia dias de sábado para ir as sinagogas levar a mensagem de Cristo (Atos 13:14; 17:1 e 2; 18:4). E quando não havia sinagogas ainda no dia de sábado ele adorava o senhor na natureza e pregava suas escrituras (Atos 16:13).

2) Os relatos sobre os sábados no NT estão ligadas aos Judeus e não aos Cristãos.O Senhor não guardou o Sábado “porque era judeu” ou para “agradar judeus”. Ao estudarmos detidamente sobre o tema, veremos que o objetivo de Cristo ao guardar esse dia era o fato deste “ser um mandamento de Deus”, dado no princípio, antes de haver o pecado (ver João 15:10; Gênesis 2:1-3). Ele O fazia motivado pelo amor a Deus. O mesmo devemos fazer: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos.” João 14:15.

Outro fator que leva-nos a crer que Jesus não guardou o Sábado para agradar aos judeus é o fato do mandamento existir antes dos judeus. Quando Deus estabeleceu o dia de repouso (Jesus estava presente na criação – ver João 1:1-3), não havia judeus na face da terra, mas apenas Adão e Eva (ver Gênesis 2:1-3. Não podemos supor de forma alguma que enquanto Deus “descansava”, ou seja, “cessava suas atividades” no Sábado, Adão e Eva trabalhavam…). Isto indica que o sábado é “do Senhor” (Êxodo 20:10) e não “dos judeus”.

Com isto, não podemos dizer que Jesus guardava o mandamento para agradar judeus (Seus embates com os fariseus mostram o contrário…), sendo que muitas de suas discussões com os fariseus giravam em torno da forma como este dia deveria ser santificado.

Se Cristo tivesse o intuito de agradar os líderes da época, teria cedido às pressões farisaicas para que observasse o Sábado a seu modo. Como escreveu Christianini:

“Não foi com objetivo de agradar judeus, porque os desagradou bastante, a ponto de ser expulso da sinagoga e da cidade. Queriam atirá-lo ao precipício” – A.B. Christianini, Sutilezas do Erro (2º Edição Revista e Ampliada), p. 187.

Outra forte evidência a favor do mandamento encontra-se em Lucas 4:16 (confira o verso 31): “Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler.” Lucas 4:16. Ele ensinava neste dia “no poder do Espírito” (verso 14). Sendo assim como poderia os apóstolos ir contra os princípios de Cristo?[Leandro Quadros].

Guardar o sábado não é apenas atividades celebrativas, mas também atividades missionárias e depende do que você chama de atividades celebrativas, sendo assim me mostre na bíblia depois da ressurreição alguma atividade celebrativa no domingo, para que eu saiba do que exatamente está falando.

3)a Ressurreição do Senhor, se deu no Domingo. Esse fato é relatado nos quatro evangelhos, destacando não somente o acontecimento, mas o dia do acontecimento.

"O Sábado e Cristo. As Escrituras revelam que, tão verdadeiramente quanto o Pai, Cristo foi o Criador (I Cor. 8:6; Heb. 1:1 e 2; João 1:3). Assim, foi Ele quem separou o sétimo dia para o descanso da humanidade. Jesus associou o sábado com Sua obra redentora, assim como o fizera com Sua obra criadora. Na qualidade de grande EU SOU (João 8:58; cf. Êxo. 3:14), Ele incorporou o sábado ao Decálogo para enfatizar a lembrança do encontro semanal de adoração com o Criador. E Ele acrescentou outra razão para a observância do sábado: a redenção de Seu povo (Deut. 5:14 e 15). Desse modo, o sábado assinala aqueles que aceitaram a Jesus como Criador e Salvador.O duplo papel de Cristo, como Criador e Redentor, torna óbvia a razão pela qual Ele reivindicou, como Filho do homem, ser também o “Senhor do sábado” (Mar. 2:28). Com tal autoridade, Ele poderia ter descartado o sábado se quisesse fazê-lo, mas não foi isso que aconteceu. Ao contrário, aplicou o dia sagrado a toda a humanidade, dizendo: “O sábado foi estabelecido por causa do homem” (verso 27)." [Nisto Cremos, pg.336]

Jesus foi o criador do sábado junto ao pai, como apresenta o livro, então nos casos que você me apresentou onde aparentemente ele estaria transgredindo a lei do sábado, na verdade ele estava corrigindo os fariseus e MUDANDO A FORMA DE CELEBRAÇÃO DO SÁBADO, tirando assim a obsessão dos fariseus em relação ao sábado."Jesus guardou o Sábado a fim de obedecer ao mandamento divino; o fez para celebrar a criação de Deus, pois, sabia que o Sábado é um memorial do Criador. Ele ensinou enquanto esteve na terra a forma correta de guardá-lo (é dessa maneira que se devem entender textos como Mateus 12:1-14; Marcos 2:23-28; Lucas 6:1-11. O próprio fato de Jesus ser contra a maneira como o Sábado era guardado e intitular-se como Senhor do Sábado prova que Ele jamais teve a intenção de abolir a Lei. Basta analisar Mateus 5:17-19) e não da maneira fanática e extremista dos fariseus." Leandro Quadros.

Como eu disse Jesus MUDOU A FORMA DE CELEBRAÇÃO DO SÁBADO, ou seja, fez uma reforma como eu mostrei em cima, assim foi com a páscoa, e não existe de forma tão clara uma MUDANÇA dessas, em relação ao domingo.

4) O ‘nascimento’ da igreja se deu em pentecostes, que era no Domingo!

Realmente não existe acontecimento tão importante no dia de sábado depois da ressurreição de cristo mas existe um aviso importante para o dia de sábado:"'“Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado” (Mat. 24:20). Isso implicava claramente, conforme observou Jonathan Edwards, “que mesmo então os cristãos ainda estariam sob a obrigação da estrita observância do sábado”.[Nisto Cremos, pg.337]

5)" Neste tópico o irmão Luciano usou a mesma argumentação que eu já mencionei acima. Quanto a sua refutação, quero deixar bem claro que estamos falando do Novo Testamento. A "Nova Aliança" de DEUS para sua igreja (Mt 26:28 / Hb: 8.8-9). Não significa que os antigos mandamentos não vão ser considerados, mas alguns deles (COmo já mencionamos a Páscoa) vão sofrer alterações por causa do Novo Significado que Deus está dando para o seu povo."

As alterações também, como já mencionei, ocorreram com o sábado. Mas você não entendeu meu raciocínio, que quis dizer que não importa a quantidade de acontecimentos, o importante é a ordem de Deus, assim eu quis dizer que mesmo com tanta coisa importante no domingo, no antigo testamento, o dia ordenado e designado para guarda foi o sábado e não o domingo.

"Percebe que o "elo" entre os dois testamentos é inevitavel? Porque eu deveria guardar o Sábado já que aquele mundo que Deus criou agora foi corrompido pelo pecado? E porque guardar este dia se eu nunca fui nem para o Egito? Eu não fui feito escravo lá! Novamente me utilizo do princípio de transição da igreja judaica para igreja Crista. Era um processo de formação."

Você disse que através de textos paralelos Deus nos mostra que temos que guardar o domingo, mas nenhum dos textos que me apresentou até agora prova isso, se puder me dizer quais textos são, eu agradeceria, sendo assim acho que estou cego porque não percebi esse "elo" em relação ao domingo. Antes de Jesus vir, e enquanto os judeus guardavam o sábado o mundo já estava corrompido e mesmo assim Deus não mudou nada em sua lei [Ml.3:6]. O principal objetivo do sábado como eu te disse no outro e-mail é lembrar a criação, por isso o sábado não pode ser uma simples sombra.

6) O Soberano Deus usou a palavra ‘Domingo= dia do Senhor’ em uma referência ao primeiro dia da semana em Apocalipse 1.10.

Não existe nenhum documento DA ÉPOCA DOS APÓSTOLOS que diga que o domingo é dia do senhor (se houver por favor me comunique, pois assim como você não sou dono da verdade) e também nenhuma evidência bíblica de tal argumento, é visto claramente que o dia do senhor no domingo foi instituído pela igreja muito depois dos escritos do apocalipse. Usam os pais da igreja na frente da palavra de Deus para provar que o dia do senhor é o domingo, e nisso erram de grande tamanho (Jo.17:17).

"A primeira menção ao domingo como “dia do Senhor” encontra-se num escrito falsamente atribuído a Pedro, chamado “Evangelho Segundo Pedro” (cap. 9:35), datado pelo menos uns 70 a 75 anos após o período que João escreveu o Apocalipse.

Uma pergunta aos dominguistas:

Como João iria se referir ao domingo em Apocalipse 1:10, sendo que a primeira citação como sendo este o dia do Senhor aparece cerca de 70 a 75 anos DEPOIS dele escrever este texto? Impossível!". Leandro Quadros.

Sendo assim À LUZ DA PALAVRA DE DEUS, ou seja, nas SAGRADAS ESCRITURAS o dia do senhor é o sábado como está em Isaías 58:13 que diz "Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no meu santo dia, e chamares ao sábado deleitoso, e o santo DIA DO SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas palavras".

7) A refutação deste argumento se aplica ao anterior. Um livro foi dado por revelação Divina

8) Filipe, como eu havia esquecido de refutar este argumento no outro e-mail eu vou refutar agora, com a refutação que eu possivelmente faria no primeiro e-mail.

A história confirma que os cristãos após os apóstolos, no segundo século, celebravam o Senhor no Domingo e não guardavam o sábado.

"Reagindo a tais sentimentos, os cristãos da cidade procuraram mostrar que eram diferentes dos judeus. Abandonaram algumas práticas que tinham em comum com os judeus e iniciaram a tendência de afastar-se da adoração no sábado, caminhando gradualmente para a adoração exclusiva no domingo."[Nisto Cremos, pg. 344].

Este argumento tem apenas parte da verdade, apenas ALGUNS CRISTÃOS guardavam o domingo no segundo século. A guarda do domingo teve maior influência a partir do 5º século como escreveu Sócrates neste período:"Praticamente todas as igrejas do mundo celebram os sagrados mistérios no sábado, todas as semanas, embora as igrejas cristãs de Alexandria e Roma, por conta de algumas tradições antigas, tenham deixado de fazê-lo.”

"No quarto e quinto séculos, muitos cristãos adoravam tanto no sábado quanto no domingo. Sozomen, outro historiador desse período, escreveu: “O povo de Constantinopla, e praticamente de todos os demais lugares, reúnem-se no sábado, bem como no primeiro dia da semana, costume este nunca observado em Roma ou Alexandria.” Essas referências indicam a liderança de Roma no processo de abandono do sábado como dia de guarda." [Nisto Cremos, pg.345].

A história nos mostra claramente que apenas a partir do 5º século o domingo começou a ter muito mais influência, que como diz no livro, graças a igreja romana. Talvez a maior rejeição das igrejas pelo adventismo seja responsável por Ellen White e para não baterem sempre na mesma tecla, nos criticam pelo sábado, mas a palavra sagrada e a história apenas reforça a crença dos adventistas, assim também como as críticas. Graças ao MCA eu estou aprendendo muito sobre o adventismo e confesso que muitas vezes fico sem resposta, por ser recente na igreja, mas sempre tenho dúvidas esclarecidas e aprendo a cada dia mais.

9) "teólogos de extrema importância guardavam e defendiam a guarda do sábado" (Leandro Quadros é um deles).

Não estava me referindo a teólogos de hoje e sim da época da reforma. Os reformadores podem sim ter sidos usados por Deus, quanto a isso não tenho dúvida, mas assim como apresenta Mat. 24:24 eles os escolhidos, assim como outros teólogos, foram enganados e consolidados pelos falsos profetas e lobos devoradores pertencentes ao papado como diz o livro "Nisto Cremos":

"A reforma da Igreja cristã não deveria ter cessado no décimo sexto século. Os reformadores haviam alcançado muito, mas não haviam redescoberto toda a luz que a apostasia suprimira. Eles mal haviam tirado o Cristianismo das trevas, mas ele ainda permanecia nas sombras. Ao mesmo tempo que haviam quebrado a mão férrea da Igreja medieval, restaurado o evangelho básico e oferecido a Bíblia ao mundo, haviam falhado em redescobrir outras verdades importantes. O batismo por imersão, a imortalidade ancorada em Cristo (por ocasião da ressurreição dos justos), o sétimo dia como o sábado bíblico e outras verdades (veja os capítulos 7, 14, 19 e 25 deste livro) achavam-se ainda nas sombras.Em vez de fazer avançar a Reforma, os sucessores dos reformadores originais trataram de consolidar suas posições. Passaram a focalizar sua atenção nas palavras e opiniões dos reformadores, em vez de fazê-lo sobre as Escrituras. Uns poucos descobriram novas verdades, mas a maioria recusou-se a avançar para além daquilo que os primeiros reformadores haviam apresentado. Conseqüentemente, a fé protestante degenerou em formalismo e escolasticismo, e os erros que deveriam ter sido corrigidos, foram perpetuados. A chama da Reforma gradualmente se extinguiu, e as igrejas protestantes tornaram-se frias, formais e, elas próprias, necessitadas de reforma." [Nisto Cremos, Pg.222].

10) "Portanto resta ainda um >>REPOUSO SABÁTICO<< para o povo de Deus. Pois aquele que entrou no descanso de Deus, esse também descansou de suas obras, assim como Deus das suas. Ora, à vista disso, procuremos diligentemente entrar naquele descanso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência. (Hebreus 4.10-11)". Não tem provas neste texto de que o sábado é uma sombra, apenas diz que teremos um descanso sabático no céu, não significando sua abolição para os cristãos, se puder explicar melhor seu ponto de vista desse texto eu agradeço.

Luís, neste seu argumento não usou a consideração da pesquisa de Ron Du Preez, não levou em consideração o texto anterior ao de Colossenses que não se referia a sábados semanais, portanto leve em consideração o texto anterior a este no antigo testamento e não qualquer texto na bíblia onde esteja sábado no plural como Ex.31:12.

Repito:

Um estudo exegético, lingüístico, estrutural, sintático e intertextual de Colossenses 2:16 com esses textos, desenvolvidos por Ron Du Preez, constatou que o verdadeiro antecedente dessa expressão está em Oséias 2:11, que diz: ‘Farei cessar todo o seu gozo, as suas Festas de Lua Nova, os seus sábados e todas as suas solenidades’. Enquanto os dias de ‘festa’ (hebraico hag; grego heorte) dizem respeito às ‘três festas de peregrinação da Páscoa, do Pentecostes e dos Tabernáculos, os ‘sábados’ (hebraico sabbat; grego sábbata) se referem às três celebrações adicionais das Trombetas, da Expiação e dos Anos Sabáticos…[os oponentes precisam entender que o sábado semanal, por ser um memorial de um evento passado – a criação – não pode ser uma “sombra de Cristo”. Ler Êxodo 20:8-11]. Infelizmente não coloquei no outro e-mail que este texto contém considerações de Leandro Quadros, entre colchetes e no meio do texto.

11)"CONCLUSÃO: Gostaria de deixar bem claro que o princípio sabático no quarto mandamento não foi abolido, como o próprio Senhor Jesus disse: "Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido." (Mt: 5.18) E, como os céus e a terra ainda não passaram, continuo observando a guarda do descanso sabático."

CONCLUSÃO: É incrível como ignorou as escrituras nesta conclusão, apresentou um texto onde a própria bíblia diz que o DIA DO SENHOR É O SÁBADO(Is.58:13) e de modo inexplicável você diz que seu descanso SABÁTICO continua sendo um descanso SABÁTICO, mas ao mesmo tempo é um descanso DOMINICAL, então se entendi bem o seu SÁBADO é no DOMINGO? Não sabia que SÁBADO mudou de nome. É incrível como vocês deturpam as escrituras e dizem coisas de difíceis compreensão, sequer apresentam textos definitivos, que mostrem com clareza o ato de guarda do domingo dos apóstolos. Se puder explicar melhor para que eu não tenha uma idéia errada eu agradeço.

"O cardeal católico Tiago Gibbons escreveu em certa oportunidade: ' Você poderá ler a Bíblia do Gênesis ao Apocalipse, e não encontrará uma única linha autorizando a santificação do domingo. As Escrituras ordenam a observância religiosa do sábado.' A. T. Lincoln, um protestante, admite que 'não se pode argumentar que o Novo Testamento, por si mesmo, provê apoio para a crença de que desde a ressurreição Deus indicou o primeiro dia da semana para ser observado como sábado'. Ele reconhece: ' Tornar-se observador do sábado do sétimo dia é o único curso de ação consistente para qualquer pessoa que sustente possuir todo o Decálogo, a força de lei moral.'”[Nisto Cremos, pg.344].

Creio que os meus argumentos servem como refutação para o CATECISMO DE WESTMINSTER, senão servir ao seu modo de ver é só me mandar novamente para que possa refutá-los. E como você vê na citação do "Nisto Cremos" o próprio cardeal diz que a ordem do dia de guarda é o sábado.

Dan.7:25"[...] e cuidará em mudar [DETURPAR] os tempos e a LEI [...]".

Espero que analise meus argumentos minucisamente e não deixe nenhum erro passar porque eu procuro, mas não sou dono, dela, a tão preciosa verdade que é Deus. Jer.10:10. Se puder assim que visualizar este e-mail me mande uma resposta avisando que recebeu meu e-mail e que irá refutar os argumentos se puder.

Que o Espírito Santo nos conduza a verdade eterna, em nome de Jesus. Amém. Estes são meus sinceros votos.

Atenciosamente,

Charles W.

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Este é o fim deste debate.

Verdades na Religião - Fernando Silva

2 comentários:

  1. raimundo.amaral@hotmail.com

    RESPOSTA DA SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL SOBRE O TEXTO DE I JOÃO 5: 7-8 .

    Estimado irmão,

    Recebemos mensagem eletrônica do irmão argüindo-nos acerca do motivo por que algumas palavras de 1João 5.7-8 aparecem entre colchetes na tradução de Almeida Revista e Atualizada.

    Sobre esta questão, precisamos compreender o significado dos colchetes na RA. Isto aprendemos ao ler no artigo "Explicação de Formas Gráficas Especiais, Títulos, Referências e Notas", adendo ao "Prefácio à 2a. Edição": algumas passagens do Novo Testamento aparecem entre colchetes. Estas passagens não se encontram no texto grego adotado pela Comissão Revisora, mas haviam sido incluídas por Almeida com base no texto grego disponível na época (Mt 6.13).

    Almeida traduziu a Bíblia para a Língua Portuguesa no século XVII. O Novo Testamento em português ficou pronto em 1681. Almeida traduziu-o a partir de um texto grego denominado Textus Receptus ("o texto recebido"), que fora compilado pelo famoso humanista holandês Erasmo de Roterdã no início do século XVI. A tradução de Almeida a partir dos manuscritos que ele possuía em sua época cristalizou-se na chamada Edição Revista e Corrigida (RC), publicada pela Sociedade Bíblica do Brasil e adotada por inúmeras denominações evangélicas em países de fala portuguesa, destacando-se Portugal e Brasil. A RC espelha bem o teor do Textus Receptus utilizado por Almeida.

    Quando a tradução de Almeida já estava concluída, Deus permitiu que arqueólogos, historiadores e teólogos verificassem um considerável avanço no achado, recuperação e decifração de manuscritos bíblicos, alguns dos quais indisponíveis a Almeida na época em que traduziu a Bíblia. A Edição Revista e Atualizada (RA)surgiu em 1956 em decorrência dessas novas descobertas, quando a Comissão Revisora da Sociedade Bíblica do Brasil achou por bem confrontar o texto de Almeida com os novos manuscritos encontrados. A RA passou por uma segunda revisão em 1993, afinando ainda mais o texto bíblico aos textos originais em hebraico, aramaico e grego, pelo que é uma das mais amadas e adotadas traduções da Bíblia Sagrada no Brasil e no exterior.

    Dito isto, fica um pouco mais simples compreender a diferença de tratamento dado àquelas palavras de 1João 5.7-8 na RC e na RA. Na primeira - que corresponde à tradução mais antiga de Almeida - as palavras "no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra" constavam do texto original grego utilizado pelo tradutor.

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  2. Já na RA, confrontando-se a tradução de Almeida com os manuscritos encontrados (mais antigo e, portanto, mais próximos do tempo em que João escreveu sua primeira carta) e desde que as referidas palavras não contradizem nem ofendem a mensagem bíblica da salvação em Cristo Jesus, estas palavras foram colocadas entre colchetes. Com isto, a RA respeitou o trabalho valioso de João Ferreira de Almeida, sem, contudo, ter aberto mão da fidelidade ao melhor texto original grego a que se tem acesso nos dias atuais.

    (Nas traduções desenvolvidas pela própria Comissão de Tradução da Sociedade Bíblica do Brasil, todavia, como é o caso da Bíblia na Linguagem de Hoje, as palavras questionadas de 1Jo 5.7-9 foram eliminadas por completo do texto bíblico).

    Por fim, acerca da procedência da palavras questionadas de 1Jo 5.7-8, convém mencionar a opinião do Dr. Bruce Metzger, uma das maiores autoridades atuais sobre os manuscritos gregos do Novo Testamento, que coopera com as Sociedades Bíblicas Unidas, a fraternidade da qual a Sociedade Bíblica do Brasil faz parte. Conforme o Dr. Metzger, todos os manuscritos gregos mais antigos do Novo Testamento (datados dos séculos II e III) omitem as palavras "no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra" em 1Jo 5.7-8. Estas palavras só começaram a aparecer em comentários e sermões sobre o texto de 1João no final do século IV e, muito posteriormente, em um manuscrito latino do século XIII. Segundo o Dr. Metzger, as palavras aqui em questão podem ter sido o comentário que um copista (pessoa encarregada de copiar a Bíblia na Idade Média) fez na margem do pergaminho em que trabalhava; um copista posterior, ao tomar o manuscrito mencionado como texto base para sua cópia, incorporou o comentário marginal do seu outro colega ao texto bíblico, erro que mais recentemente foi descoberto sem grandes dificuldades pela comparação dos manuscritos mais recentes com os mais antigos.

    Sendo isto para o momento, agradecemos muitíssimo sua paciência e atenção. A Sociedade Bíblica do Brasil faz votos de que o irmão continue sendo um leitor fiel e dedicado da Palavra do Senhor, fonte de orientação e consolo eternos.

    Cordialmente em Cristo,

    p/ Comissão de Tradução
    Sociedade Bíblica do Brasil

    traducao@sbb.org.br

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