domingo, 12 de junho de 2011

O argumento fracassado dos observadores do domingo – Apocalipse 1:10 (Parte 1)

O texto a seguir tem por autoria o teólogo adventista, senhor Leandro Quadros

Os observadores do domingo, em uma tentativa desesperada de defender o indefensável, apelam aos pais da igreja e ao texto de Apocalipse 1:10 para “provar” que o “dia do Senhor” não é o sábado. Leiamos o texto:

“Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta” Apocalipse 1:10.

Eles pecam em duas coisas:

1) Em usar a autoridade dos pais da igreja no lugar da autoridade da Bíblia (Jo 17:17);

2) Em dizer que a expressão grega Kuriakê heméra (Dia do Senhor), utilizada em Apocalipse 1:10, se refere ao primeiro dia da semana.

Vamos analisar a fragilidade dessa argumentação e mostrar que a Bíblia continua sendo a autoridade para o cristão que respeita a Deus e a autoridade de Sua Palavra.

Os pais da igreja

Mesmo tendo sido homens piedosos em suas épocas, não podemos fazer de tais homens nossa autoridade final em assuntos doutrinários. Isso por que “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens.” (At 5:29).

Veja no que alguns dos pais da igreja acreditavam e conclua por si mesmo se, em matéria de doutrina, eles são confiáveis 100%. As informações a seguir forma extraídas do livro Subtilezas do Erro (1981):

Inácio dizia que se torna assassino quem não jejua no sábado; defende a transubstanciação, considerando herege quem admite apenas o simbolismo da santa ceia e exalta demais a autoridade do bispo, pondo-a acima da de César, chegando ao cúmulo de afirmar que, quem não o consulta, segue a satanás.

Barnabé (se é que existiu tal personagem), diz que a lebre muda a cada ano o lugar da concepção, que a hiena muda de sexo anualmente, e a doninha concebe pela boca. Afirma que Abraão conhecia o alfabeto grego (séculos antes que tal alfabeto existisse) e alegoriza a Bíblia.

Justino ensinava, entre outros absurdos, que os anjos do céu comem maná e que Deus, no princípio do mundo, deu o sol para ser adorado.

Clemente de Alexandria sustenta que os gregos se salvam pela sua sabedoria; afirma que Abraão era sábio em astronomia e aritmética e que Platão era profeta evangélico.

Tertuliano diz regozijar-se com os sofrimentos dos ímpios no inferno. Afirma que os animais oram. Defende o purgatório e a oração pelos mortos.

Eusébio era ariano (negava a Divindade de Cristo)

Irineu quer que as almas, separadas do corpo, tenham mãos e pés. Defende a supremacia de Roma, alegando que a igreja tem mais autoridade que a Palavra de Deus. Defende ardorosamente o purgatório.

Tais homens são as autoridades doutrinárias dos observadores do domingo, caro leitor! Pasmem! Não foi por acaso que Adam Clarck, comentarista evangélico, disse sobre eles: “Em ponto de doutrina a autoridade deles é, a meu ver, nula” – Clarkes’s Commentary, on Proverbs 8.

A expressão Kuriakê heméra (dia do Senhor) se refere ao domingo?

Só para os desinformados. No grego clássico, realmente a expressão foi aplicada por alguns pais da igreja ao domingo. Entretanto, a Bíblia não foi escrita no grego clássico, mas, no grego koinê(comum, do povo). Por isso, precisamos buscar o significado da expressão no tipo de grego utilizado pelos autores do Novo Testamento. Isso é óbvio demais a ponto de nem ser preciso redigir um comentário desses no presente artigo. Mas, por amor à verdade, é bom deixar tudo bem claro.

Eis algumas evidências de que a expressão grega para “dia do Senhor” (no grego bíblico) não se refere ao primeiro dia da semana:

1) A primeira menção ao domingo como “dia do Senhor” encontra-se num escrito falsamente atribuído a Pedro, chamado “Evangelho Segundo Pedro” (cap. 9:35), datado pelo menos uns 70 a 75 anos após o período que João escreveu o Apocalipse.

Uma pergunta aos dominguistas:

Como João iria se referir ao domingo em Apocalipse 1:10, sendo que a primeira citação como sendo este o dia do Senhor aparece cerca de 70 a 75 anos DEPOIS dele escrever este texto? Impossível!

2) Justino Mártir (ano 150 d.C) quando alude a um costume que se implanta entre os cristãos de sua época a reunirem-se no 1o dia da semana, refere-se a esse dia com a expressão “dia do Sol” e não “dia do Senhor”.

3) O evangelho de João teria sido escrito mais ou menos na mesma década que o Apocalipse e, ao referir-se ao domingo, o apóstolo não o chama de “dia do Senhor”, mas meramente “primeiro dia”. Nenhum título de santidade é dado ao domingo (só na imaginação fértil dos que são contra o quarto mandamento da Lei de Deus)

4) Nem o Pai nem o filho reclamaram o domingo como “SEU” em qualquer sentido. Se seguirmos a lógica dos oponentes (em guardar o domingo por que Jesus ressuscitou no primeiro dia), poderíamos santificar a sexta-feira – o dia da crucificação. Ele não tem menos importância para nós cristãos! Por que não chamar o dia da “ascensão” de “dia do Senhor?” Qual critério bíblico é utilizado para dizer que o momento da ressurreição é mais importante que o dia em que Cristo morreu e subiu aos céus?

6) Toda a vez que o Novo Testamento se refere ao primeiro dia da semana, usa a expressão “primeiro [dia] após o sábado” (Mt 28:1; Mc 16:2; Lc 24:1; Jo 20:1,19; At 20:7; 1Co. 16:2). Ou, “segundo [dia] após o sábado”, etc. Isto dá mais valor ao sétimo dia como ponto central da semana, para os escritores evangélicos.

[Continua...]

6 comentários:

  1. Já ouvi falar nesse cara, dizem que ele é um dos maiores apologistas da seita adventista hoje em dia.

    ResponderExcluir
  2. Pena que já perdeu debate feio para o irmão clóvis...

    http://mcapologetico.blogspot.com/2010/09/leandro-quadros-na-mira-da-verdade.html

    ResponderExcluir
  3. Bem, como procuro buscar a verdade IMPARCIALMENTE, deve fazer algumas considerações a respeito deste artigo:

    O Senhor Leandro Quadros, se equivoca quando declara que os "Dominguistas" substituem a autoridade da Bíblia pelos pais da Igreja (Isso é ICAR que faz). Nós, protestantes, apenas utilizamos o testemunho destes fiéis servos do SENHOR (Justino foi o primeiro e um dos maiores, senão o maior, apologista da igreja cristã, apesar de não escrever INSPIRADAMENTE pelo Espírito como os apóstolos) para ESCLARECER uma doutrina, ou ensinamento que a própria ESCRITURA dá de si mesma, já que o Senhor Leandro Quadros, não viveu com apóstolo João como Papias. E isso nós fazemos, com o apoio da própria Escritura Sagrada:

    "Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e >>PERGUNTAI PELAS VEREDAS ANTIGAS<<, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas. Mas eles disseram: Não andaremos nele." (Jeremias 6.16)

    Isso não significa que ultrapassamos o testemunho das Escrituras por causa "das veredas antigas", apenas queremos a sua ajuda para esclarecermos pontos de discordância de interpretação.

    2)Não sou EU, quem diz que a expressão Kuiriake Heméra, que significa Dia do SENHOR faz isto, mas a própria Bíblia: “I – O uso da Palavra Domingo.
    A primeira verdade que gostaria de dizer é que o termo “Domingo” é um vocábulo exclusivo do cristianismo. Isso é muito importante para nós. Pois, essa palavra, bem como outras semelhantes, não existia em nenhuma outra língua do mundo até o final do 1 século, quando o apóstolo João criou a expressão grega: kyriakê hêmera, que foi vertida para o latim do seguinte modo: Dominica die. Os antigos documentos da igreja primitiva, que foram transcritos para o russo, relatam que João, encarcerado na Ilha de Patmos, chorava muito ao chegar o primeiro dia da Semana (domingo), ao lembrar-se das reuniões para a Ceia do Senhor que eram celebradas neste dia conforme Atos 20.7. Foi exatamente neste dia que Cristo apareceu ao velho apóstolo conforme vemos em Apocalipse 1.10. [...] O que significa o termo “ kyriakê hêmera”? A frase significa “o dia do Senhor” e ocorre uma só vez que é aqui em Apocalipse. Essa expressão foi criada por João, e a nossa pergunta é: Por quê? Acredito que existam duas razões principais para isso:

    1) Para indicar algo inédito na história da humanidade: A ressurreição de Cristo.
    2) Para deixar bem claro que se referia ao dia da ressurreição de Cristo, ou seja, ao domingo, e não a segunda vinda de Cristo.

    Termo grego Transliteração Categoria
    Gramatical. Caso Tradução. ημερα του κυριου Hêmera tou kyriou Substantivo. Genitivo de posse. Dia do Senhor κυριακη ημερα Kyriakê hêmera. Adjetivo Dativo de instrumentalidade. O que diz respeito ao Senhor.
    Há textos que se referem ao Dia do Senhor como significando a volta de Cristo, e
    nunca significa o domingo. Vejamos: Atos 2.20; 1 Coríntios 5.5; 1 Tessalonicenses 5.2; 2 Pedro 3.10.
    O significado do termo “Kyriakê Hêmera” literalmente é: que diz respeito ao Senhor, fala do Senhor, senhorial, dominical. A Tradução de Apocalipse 1.10 seria: Eu fui arrebatado no dia Senhorial. O sinônimo usado é “dominical”." (Parte de um estudo sobre o Dia do SENHOR de João Ferreira França>>http://api.ning.com/files/wNfXPOOKfpOo5K28EsTN9JBJpJKJeFppeq5yULkaGXA3mwE8ZvXuc94WCIRP0XAlxDpI*VuS*m*-y*V8RAKrRfBn82Q4bWIx/CONGREGAOPRESBITERIANADASAGRADAHERANAREFORMADA.pdf<<)

    Então, senhor Leandro Quadros, o senhor também se esqueceu de mencionar os escritos de Mileto de Sardes sobre a adoração dominical?

    E o Didachê (Uma espécie de confissão de fé) do primeiro século (época dos apóstolos): “E no dia do Senhor(Kyriakê hêmera),
    congregai-vos”.

    Infelizmente foram omitidos tendenciosamente...

    ResponderExcluir
  4. A Palavra de Deus refere como "Santo Sábado" o 7º Dia(Isaias 58:13) e não o 1º. Portanto, realmente é preciso que responda esta pergunta da forma de Jesus(Mat.4:4) e não do jeito do diabo (Gen. 3:1-Mat.4:5,6).Vamos a pergunta: Se a Palavra de Deus (Isaias 58:13,14) declara o 7ºDia (Sábado)como Dia do Senhor e o mesmo Deus declara que Ele não muda(Mal.3:6-Tiago 1:17-Heb.6:18-13:8), onde está escrito na Palavra de Deus que Ele mudou o Dia do Senhor do Sábado do 7º dia para o 1º dia o domingo ou quando Ele fez esta mudança? E, se Deus não mudou quem fez e com qual autoridade?
    Quero lembrar que:
    -“A Lei de Deus é uma Lei divina, santa, celestial, perfeita… Não há um Mandamento a mais; não há nem um a menos; mas ela é tão incomparável que sua perfeição é uma prova de sua divindade. Nenhum legislador humano poderia ter trazido à existência uma lei semelhante à que encontramos no Decálogo”. Sermão 18 Vol. II, pg. 280.
    Autor: João Calvino em seu Comentary on a Hermony of Gospel Vol. I pg. 277 sobre Mat.5:17 e Lucas 16:17:
    E, em seus Institutes, ii. 7 seção 15 Calvino escreveu: “A Lei não sofreu nenhuma diminuição de sua autoridade, mas deve receber de nossa parte sempre o mesmo respeito e obediência”.

    -“A Lei moral, contida nos Dez Mandamentos e encarecida pelos profetas, Cristo não aboliu. Ela é uma Lei que jamais poderá ser destruída, que permanece firme como fiel testemunha do Céu”.
    “ Entre os mais acérrimos inimigos do evangelho de Cristo, estão os que… ensinam os homens a destruir…não apenas um dos menores ou maiores Mandamentos, mas todos eles, de uma só vez.. Estes honra a Cristo exatamente como o fez Judas, quando disse: ‘Eu Te saúdo, Mestre, e O beijou’…Não é outra coisa senão traí-lo com um beijo, falar de Seu sangue e arrancar-lhe a coroa; considerar levianamente qualquer parte de Sua lei, sob o pretexto de fazer avançar o evangelho”
    Wesley, Sermão 25
    Isaías 14:27: “Pois o Senhor dos exércitos o determinou, e quem o invalidará?
    Osmar Ferreira-nadanospodemoscontraverdade@bol.com.br

    ResponderExcluir
  5. "No primeiro dia da semana tendo-nos reunido com o fim de partir o pão" (Atos 20.7)

    ResponderExcluir
  6. "E, voltando elas, prepararam especiarias e ungüentos; e no Sábado repousaram, conforme O Mandamento." Lucas 23:56. Escrito pelo mesmo autor dirigido pelo o Espírito Santo. Há de ser observado que "REPOUSARAM CONFORME O MANDAMENTO DA GUARDA DO 7º DIA ESTABELECIDO POR DEUS.Onde em Atos 20:7 o autor diz que houve a mudança do 7º para o 1º. Leia o verso onze e diz o contexto de "ajuntando-se os discípulos para partir o pão". E já que Paulo estava junto veja se ele ensinou sobre esta mudança: Atos 20:20e21 “jamais deixando de vos anunciar coisa alguma proveitosa e de vo-la ensinar publicamente e também de casa em casa, testificando tanto a judeus como a gregos(Gentios) o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo” E no verso 27 complementa “porque jamais deixei de vos anunciar (todo) o desígnio de Deus”. Atos 17:17: “Por isso, dissertava na sinagoga entre os judeus e os (gentios piedosos); também na praça, todos os dias, entre os que se encontravam ali” Atos 17:2 “Paulo, segundo o seu costume, foi procurá-los e, por três sábados, arrazoou com eles acerca das Escrituras”, e nada sobre tal mudança ensinada pelos inimigos da Verdade. Osmar Ferreira
    nadanospodemoscontraverdade@bol.com.br

    ResponderExcluir