sábado, 25 de junho de 2011

Sábado ou Domingo? (Parte3)

Os argumentos dominicais que são replicas, são mais longos e complexos, mas mesmo assim iremos apresentar tudo de uma vez:

Olá Charles W. Também é bom dialogar sobre "a Verdade, que é Deus". E, por isso, devemos ter toda cautela e reverência para não tratarmos os assuntos em questão de forma
lúdica ou desleixada (Jr: 48.10). Para tal, recomendo que não brinquemos ou zombemos em nossas argumentações das Sagradas Escrituras enquanto dialogamos, pois corremos o risco de "tomarmos o Nome do SENHOR em vão" (Ex: 20.7). Aqui vão minhas humildes considerações a respeito de suas refutações (e espero, sinceramente, não ser mal interpretado em nenhuma delas):

1) Neste tópico, o irmão Luciano havia argumentado que "o Novo Testamento não revela que as atividades celebrativas cristãs foram realizadas aos sábados, mas sim aos Domingos".Note a espressão ATIVIDADES CELEBRATIVAS (Cristãos se reunindo a outros cristãos para celebrarem juntos à ressurreição de Cristo, o SENHOR deles!). Então você utiliza textos que comprovam que ele se reuniam diariamente para ATIVIDADES CELEBRATIVAS, o que eu concordo. Mas, infelizmente, quando você menciona o texto de Atos você faz o que é chamado de negligência do contexto imediato (os textos que vêm antes e depois do texto em questão). Analisemos o contexto de Atos 17.3:
Em Atos 15:36 nós lemos que Paulo e Barnabé decidem retornar paras as cidades onde plantaram igrejas para "ver como passam" os irmãos. então o propósito da viagem não era realizar ATIVIDADES CELEBRATIVAS, mas verificar como estava a fé dos irmãos e, de quebra, plantar outras igrejas. No capítulo 17, vemos Paulo Chegando a Tessalônica para fazer o que ele e Barnabé haviam planejado. E o que aconteceu? "Tendo passado por Anfípolis e Apolônia, chegaram a Tessalônica, onde havia uma sinagoga dos judeus.
Ora, Paulo, segundo o seu costume, foi ter com eles; e por três sábados >>DISCUTIU<< com eles as Escrituras, expondo e demonstrando que era necessário que o Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos; este Jesus que eu vos anuncio, dizia ele, é o Cristo. E alguns deles ficaram persuadidos e aderiram a Paulo e Silas, bem como grande multidão de gregos devotos e não poucas mulheres de posição. Mas os judeus, movidos de inveja, tomando consigo alguns homens maus dentre os vadios e ajuntando o povo, alvoroçavam a cidade e, assaltando a casa de Jáson, os procuravam para entregá-los ao povo." (Atos 17.1-5)

Se, de fato, Paulo estivesse ali para ATIVIDADES CELEBRATIVAS, haveria o tal alvoroço??? Mas, Paulo estava ali para "discutir com eles as Escrituras", ou seja, para declarar que "este Jesus que eu vos anuncio, dizia ele, é o Cristo". O propósito era missionário e não celebrativo. E nós sabemos que, se quisermos evangelizar um grande número de islâmicos, o melhor lugar é uma mesquita! Se for católico, o melhor lugar é a Igreja Católica! E por ai vai...

2) Neste tópico o irmão Luciano havia argumentado que "Os relatos sobre os sábados no NT estão ligadas aos Judeus e não aos Cristãos." Então você se utilizou de um texto que falava do sepultamento do SENHOR e disse "Maria não era cristã depois da morte de Cristo?" Eu discordo, ela era cristã até antes da morte, pois já cria no poder do unigênito Filho de Deus (João 2.5). Mas, voltemos a questão em pauta: Se, Maria, que era cristã guardava o Sábado, porque não devemos guardá-lo? Eu respondo com outra pergunta: Se, Paulo, que era cristão, e já havia falado as Gálatas 5.1-3 que os cristãos não necessitavam de circuncisão como os judeus, porque então ele manda Timóteo, que era cristão, se circuncidar: "Paulo quis que este fosse com ele e, tomando-o, o >>CIRCUNCIDOU<< por >>CAUSA DOS JUDEUS<< que estavam naqueles lugares; porque todos sabiam que seu pai era grego." (At: 16.3) Será que as Escrituras se contradisseram? Sabemos que não e, por isso, a própria Bíblia nos explica o que estava acontecendo: Era um período de transição (Leia a decisão do concílio de Jerusalém em Atos 15 para verificar como a igreja Cristã estava em processo de formação). Daí se verificar que alguns judeus, ainda exerciam alguns costumes da Lei Judaica, pois o período era transitório (JUDAÍSMO PARA CRISTIANISMO) e, para alcançá-los com a mensagem do evangelho, seria necessário ainda adotar alguns costumes da Lei Cerimonial mosaica para ter acesso à eles (1a Coríntios 9.19-20) . Agora, em nenhum outro lugar do NOVO TESTAMENTO, depois da ressurreição, você vê maria ou algum outro Judeu convertido ao cristianismo guardando o Sábado para ATIVIDADES CELEBRATIVAS, a não ser por motivos missionários, como mencionei acima. (Por favor, não sou o Dono da verdade, então se você encontrar algum texto que mostre o contrário, compartilhe).

E a aí você utiliza novamente o texto de At: 17.3 e comete a mesma negligência do contexto imediato como no primeiro argumento. Quanto a análise do contexto de Atos 17:3, verificar o tópico acima.

3) Neste tópico o irmão Luciano havia argumentado que "a Ressurreição do Senhor, se deu no Domingo. Esse fato é relatado nos quatro evangelhos, destacando não somente o acontecimento, mas o dia do acontecimento." Repare que a ênfase do irmão é destacar que as ESCRITURAS, sendo totalmente inspiradas por Deus, destacam o dia do acontecimento e, como você disse, isso tinha que acontecer porque é a "ressurreição do senhor e como poderia ele ter ressuscitado no sábado, se viesse a fazer isso não estaria transgredindo o mandamento de seu pai que diz para descansar no sábado?" Será que JESUS realmente está preso ao SÁBADO em si? O próprio Cristo afirma: "Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido." (Mateus 5.17-18). Todavia, Jesus Curou no Sábado (Mateus 12.9-14) e permitiu que seus discípulos colhessem espigas neste dia (Mateus 12.1-8) sendo que, a Lei Mosaica, já havia condenado um homem que estava "apenas" pegando lenha no dia de Sábado (Nm: 15.32-36). Será que Jesus havia desobedecido a SUA própria Lei? Não porque JESUS é o "Senhor do Sábado", bem como, de TODA A LEI. Então se alguém pode ampliar os conceitos desta, este alguém é JESUS, o Filho de Deus (Ver também Mateus 5 e o esclarecimento que JESUS faz das leis Vetero-Testamentárias sem, contudo, passar por cima delas). Por isso, eu discordo quando você diz que se JESUS tivesse ressuscitado no sábado ele estaria transgredindo o mandamento de seu pai!

Agora, quanto a questão de Jesus não falar sobre o Domingo como um dia Sagrado... eu também não ouvi ele falar a Páscoa foi substituída pela Santa Ceia e que não devemos mais comer ervas amargas ou matar o cordeirinho e etc. (POr favor, insisto novamente, se você achar UM texto em toda a Bília que confirma a transição "ipsis literis" (Literalmente), me mostre, não sou o Dono da Verdade). A questão é que nós descobrimos isso por inferência Bíblica, ou seja, ainda que não esteja LITERALMENTE revelado, nós entendemos pelo estudo de textos paralelos. No blog, você havia argumentado com o Luciano dizendo que "a páscoa continua sendo um memorial só que seu modo de celebrar mudou" ONDE EM TODA A ESCRITURA FALA QUE O SEU "MODO DE CELEBRAR" MUDOU??? É essa a argumentação do Luciano, se Jesus, que é o dono Da Lei, não disse: "A páscoa está sendo alterada no forma que será executada. Acabem com as ervas, deixem o cordeiro de lado, fiquemos apenas com o pão e o Vinho" (?????) Como afirmar que a Páscoa agora tem de ser comemorada de outro jeito? (não estou dizendo que a Santa Ceia não é a continuidade da páscoa, só estou afirmando que o que o argumento usado por você contra o domingo é refutável e banido pelo mesmo princípio usado na Santa Ceia)

O mesmo acontece com Paulo em 1 Coríntios 5: "Expurgai o fermento velho, para que sejais massa nova, assim como sois sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, já foi sacrificado". Paulo não diz: "Parem de celebrar a Páscoa com ervas amargas e pães asmos" pelo contrário, ele dá subsídio para a prática da mesma, nos mesmos moldes judaicos (que tinham que lançar fora o fermento para comer apenas pães asmos durante uma semana - Lv: 23.4-8), quando diz: "Cristo, nosso pesach (Passagem, em Hebraico)" Ou seja, ele está esclarecendo o PROPÓSITO da celebração (que é simbolizar a nossa Passagem da morte para a vida através de Jesus) e não alterando o FORMATO da mesma. Essa alteração nós fazemos por inferência textual e recorrendo aos textos paralelos, como o Domingo. Detalhe que se Cristo era "Cristão", então porque ele celebrou a Páscoa, já que era um ritual judaico para lembrá-los da libertação do Egito??? (ver Mt: 26:20-21 "Enquanto comiam [a páscoa]"). Novamente recorro à transição que estava acontecendo de igreja Judaico-Cristã para igreja totalmente Cristocêntrica.

4) Neste tópico o irmão Luciano havia argumentado que devemos guardar o Domingo e não o Sábado porque O ‘nascimento’ da igreja se deu em pentecostes, que era no Domingo! Na verdade, eu discordo dele por não acreditar que a IGREJA "nasceu" no pentecostes, mas ela já existe desde o princípio do mundo, sendo Abel o primeiro "membro" desta (HB: 11.4 - Repare que ele é o primeiro nome mencionado depois da criação do mundo!). Todavia, no pentecostes, a igreja recebeu a PLENITUDE do Espírito Santo, o que havia profetizado Joel (2. 28-29). Foi um acontecimento extraordinário e foi o sinal de que a "Nova Era"* da igreja estava se iniciando, que estava abrindo a comunidade dos fiéis à todo o mundo (At: 1.8) . Isso signifca que, apesar da igreja sempre existir desde o começo do mundo, ali O Espírito Santo de Deus estava descendo de forma plena, ou seja, um acontecimento extremamente importante. Concordo quando você diz que não existe um mandamento ali explícito dizendo que a igreja deve guardar o domingo, mas reflitamos: Deus descansou no sétimo dia (Um acontecimento importante); Deus ordena que os israelitas guardem o Sábado por causa de sua libertação do Egito - Dt: 5.15 (Um Acontecimento importante); Agora, que "Acontecimento importante" aconteceu após a ressurreição de Cristo no dia de Sábado? A argumentação formulada pelo irmão é na importância que o SENHOR está dando, no Novo testamento, ao primeiro dia da semana, como o dia dos acontecimentos mais importantes da "Nova Era"* de sua igreja.
*Esta expressão só é utilizada para definir a igreja plena do Espírito Santo, no Novo Testamento e não tem nenhuma intenção de dizer que vamos viver "Novas Eras" por aí.

5) Neste tópico o irmão Luciano usou a mesma argumentação que eu já mencionei acima. Quanto a sua refutação, quero deixar bem claro que estamos falando do Novo Testamento. A "Nova Aliança" de DEUS para sua igreja (Mt 26:28 / Hb: 8.8-9). Não significa que os antigos mandamentos não vão ser considerados, mas alguns deles (COmo já mencionamos a Páscoa) vão sofrer alterações por causa do Novo Significado que Deus está dando para o seu povo. Para ilustrar:

DEUS ordena no Antigo Testamento que o Judeu deveria celebrar a páscoa como um lembrete de que eles foram salvos do "Anjo Destruidor" no Egito, por isso deveriam comer ervas amargas, pães asmos, etc.
DEUS revela (Por inferência e textos paralelos) no Novo Testamento que os cristãos devem celebrar a Ceia do SENHOR como um lembrete de que eles foram salvos do "Anjo da Morte", por isso devem celebrar a festa com pão e vinho, simbolizando o corpo e o sangue de nosso SENHOR JESUS.

Deus ordena no Antigo Testamento que o Judeu deveria guardar o Sábado como um lembrete de que o SENHOR criou o mundo sem pecado em seis dias e no sétimo descansou (Ex: 20.8) e tamb'em para lembr'a-los de que eles foram escravos no egito e o SENHOR os havia libertado da escravidão (Dt: 5.15).
Deus revela (Por inferência e textos paralelos) no Novo Testamento que os cristãos devem guardar o Domingo como um lembrete de que o SENHOR reconciliou consigo o mundo (que agora está manchado com o pecado) através de Jesus Cristo (2 Coríntios 5.17-19 - Detalhe do vs: 17 que no original grego a expressão é literalmente "NOVA CRIAÇÃO") e também nos liberta da escravidão do pecado através de Jesus Cristo (Jo: 8.34 / 1a Pe 2.9-10).

Percebe que o "elo" entre os dois testamentos é inevitavel? Porque eu deveria guardar o Sábado já que aquele mundo que Deus criou agora foi corrompido pelo pecado? E porque guardar este dia se eu nunca fui nem para o Egito? Eu não fui feito escravo lá! Novamente me utilizo do princípio de transição da igreja judaica para igreja Crista. Era um processo de formação.

6) Neste tópico o irmão Luciano dia que O Soberano Deus usou a palavra ‘Domingo= dia do Senhor’ em uma referência ao primeiro dia da semana em Apocalipse 1.10. Você refutou dizendo que o argumento apresentado "parecem até católicos, o significado do nome Domingo do latim dies Solis ou Solis dies". O argumento apresentado pelo Luciano não quis discutir a etimologia da Palavra, mas a UTILIZAÇÃO da mesma. Realmente Dies Solis, significa "dia do Sol" mas a transliteração desta expressão nunca foi DOMINGO. Pesquisei as fontes utilizadas por você, e olha que interessante:

"A >>TRADIÇÃO APOSTÓLICA<< fixa o dia de descanso dos cristãos para o domingo, em homenagem à ressurreição de Cristo.[1] Em 325 d.C. [Quase 150 anos depois do período apostólico], as orientações decididas no Primeiro Concílio de Niceia,>>CONFIRMAM<< [Repare que ela não alterou a reverência que os apóstolos tinham pelo Dia do SENHOR] a Tradição Apostólica, e durante a Reforma do Calendário Romano a cargo de Constantino I, o Grande - substitui-se o nome de Solis Dies, que significa Dia do Sol - forma como os pagãos se referiam ao domingo - para Dominica Dies, que evoluiu para Dominus Dei, que em português quer dizer "dia do senhor" que evoluiu para domingo. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Dias_da_semana#cite_note-0)

Depois fui averiguar algumas outras fontes e não encontrei em nenhuma delas que o Solus Dies transliterado significa DOMINGO. De fato, nesta fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Calend%C3%A1rio_Romano#Semana aprendemos que os pagãos adoravam seus deuses em TODOS os dias da semana, inclusive o Sábado. Então o que a IGREJA CATÓLICA FEZ foi apenas institucionalizar o Dia do SENHOR (que, como vimos acima, já era guardado pelos apóstolos) e OBRIGAR a todos descansarem neste dia, já que o império romano era uma igreja-estado. Infelizmente, a fonte do Wikipédia que explica melhor sobre o Solus Dies está corrompida de forma tendenciosa e não é confiável (http://pt.wikipedia.org/wiki/Domingo).

Resolvi pesquisar num site especializado em etimologia e encontrei, em forma dinâmica e bem descontraída, uma explicação sobre a etimologia doas dias da semana, vale à pena conferir: http://origemdapalavra.com.br/artigo/o-nome-dos-dias/

Eu mesmo, pedi esclarecimentos ao site depois de ter lido o artigo tendencioso do Wikipédia, e a respostas foi essa:

SOLIS DIES quer dizer “dia do sol” em Latim. Originalmente esse era o nome, e ainda é em Inglês (SUNDAY).

Mas o advento do cristianismo alterou, em diversos idiomas, o nome da divindade pagã de então e colocou o de “Senhor”, DOMINUS em Latim. (http://origemdapalavra.com.br/pergunta/significado-do-domingo/)


Perceba que o "advento do cristianismo" (a igreja católica) apenas INSTITUCIONALIZOU o nome do dia para todo o império, não alterou o VALOR e a APRECIAÇÃO (como já mencionei acima) que este dia tinha para os apóstolos e para os demais crentes naquela época.


7) Neste tópico o irmão Luciano disse que Um livro foi dado por revelação Divina. A sua reposta foi "Acabei de dizer de onde vem a palavra domingo e seu verdadeiro significado". Na verdade você disse o que significava Solus Dies, e quando está divindade pagã era adorada (no primeiro dia da semana). Recomendo que leia os artigos do site especializado em etimologia. Quanto ao argumento de receber uma revelação importante neste dia, vamos analisar o texto de 2 Re 4.23:

"Disse ele: Por que queres ir ter com ele hoje? Não é lua nova nem sábado. E ela disse: Tudo vai bem."

A história em questão é a história de Eliseu e a Sunamita. Sem querer perder tempo, vou resumi-la: Eliseu predisse que ela teria um filho e ela teve, mas o menino morreu. Então, desesperada, a Mãe pega o menino e deseja levá-lo ao profeta para ver o que Ele poderia fazer. A resposta do marido é Direta: "hoje não é... sábado". O comentarista da Bíblia, chamado Matthew Henry, nos revela que os judeus se reuniam no sábado não apenas para ATIVIDADES CELEBRATIVAS, mas quando estavam num momento de "aperto" se reuniam também para buscar a REVELAÇÃO do SENHOR, no templo. Analisemos: Se o sábado aqui é colocado como um dia de Celebração, mas também de revelação espiritual, Porque o SENHOR não concedeu ao apóstolo a REVELAÇÃO do Apocalipse, neste dia?? Ao invés disso, como você viu no blog, ELE concedeu a revelação do apocalipse no Kyriakê Hêmera (Uma palavra totalmente nova na Bíblia para designar o dia Senhorial). NÃO FOI A IGREJA CATÓLICA QUE INSERIU ESTA EXPRESSÃO NO NT, mas já estava lá! (Ap: 1.10)

8) Neste tópico o irmão Luciano declara que A história confirma que os cristãos após os apóstolos, no segundo século, celebravam o Senhor no Domingo e não guardavam o sábado."Infelizmente você não refutou este argumento. Por isso, vou me utilizar de um comentário que voce havia postado no blog, ok? Em Atos 20. 7, a Palavra do SENHOR nos ensina: "No primeiro dia da semana, tendo-nos reunido a fim de partir o pão, Paulo, que havia de sair no dia seguinte, falava com eles, e prolongou o seu discurso até a meia-noite."

No blog, você esclarece este texto dizendo que era uma "refeição normal", e não a santa ceia (sendo que o próprio livro adventista de doutrinas desmente a sua tese, Nisto Cremos, p.271). Agora analisemos esta "refeição normal" à luz de um outro texto:

"e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações" (At 2.42)

Aqui você poderia dizer: "Está vendo, era uma refeição normal. Os cristãos depois do pentecostes gostavam de almoçar juntos!"

Mas, como eu mencionei mo primeiro tópico, utilizando-nos da avaliação do contexto da passagem, observe aq distinção que o escritor Lucas faz no versículo 46:

"E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão de casa em casa e tomando as suas refeições com alegria e singeleza de coração"

Qual a razão do evangelista distinguir o "partir o pão" das "refeiçÕes" se ambas tratavam da mesma coisa?

No livro de doutrinas adventistas, eles utilizam o texto de Lc: 24.35, para dizer que a expressão em Atos 20.7, significa refeição normal. Vamos ao texto: "Então os dois [discípulos no caminnho da Aldeia de Emaús, Cléopas e outro] contaram [aos outros discípulos] o que acontecera no caminho, e como se lhes fizera [JESUS] conhecer [porque o SENHOR os estava impedindo de o reconhecer] no partir do pão".

Ora, se a situação acima fosse apenas uma refeição qualquer dificilmente eles entenderiam que era Jesus que estava ali. Mas o SENHOR fez um gesto que todos os discípulos dele reconheceriam: "E aconteceu que, quando estavam à mesa, tomando [JESUS] o pão, abençoou-o, e tendo-o partido lhes deu. Abriram-se-lhes então os olhos, e o reconheceram; nisto ele desapareceu de diante deles." (vs: 30,31) "Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, abençoando-o, >>O PARTIU<< e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo." (MT: 26.26) Perceba que eles já estavam banqueteando mas a espressão "partiu o pão" foi destacada para mostra que ela seria uma expressão comum para designar a ceia do SENHOR, que todos os discípulos de Cristo reconheceriam.
Paulo também utiliza a mesma expressão: "Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou pão;
e havendo dado graças, >>O PARTIU<< e disse: Isto é o meu corpo que é por vós; fazei isto em memória de mim." (1 Coríntios 11.23-24)

À luz dos textos paralelos é perceptível que a Expressão "Partir o Pão", no Novo Testamento, era sempre utilizada para descrever a Ceia do SENHOR, o que comprova que a reunião em Atos 20.7 do povo de Deus era um ATIVIDADE CELEBRATIVA, e não mera refeição (Até porque, utilizando apenas a lógica, qual o valor, para Paulo, adiar um dia de viagem apenas para um "almoço"? Vamos transliterar o texto desta forma: "No primeiro dia da semana, tendo-nos reunido [com o propósito de almoçar], Paulo, que havia de sair no dia seguinte, falava com eles, e prolongou o seu discurso até a meia-noite." Porque o texto Sagrado daria tanta ênfase num mero almoço?)

9) neste tópico o irmão Luciano se utiliza do argumento da tradição histórico-teológica da guarda do Domingo. Concordo quando você diz que muitos "teólogos de extrema importância guardavam e defendiam a guarda do sábado" (Leandro Quadros é um deles). Agora, por favor, analise novamente o argumento do irmão Luciano: Todos os teólogos >>CRISTÃOS DA REFORMA<< os servos fieis de Deus, os Puritanos, bem como uma nuvem de teólogos fieis de todos os ramos do protestantismo, entenderam que os motivos acima são evidências bíblicas para considerar o Domingo como dia do Senhor. Ele não está falando de João Ferreira França e Leandro Quadros ou Ron Du Preez, ele está falando de Calvino, Lutero, Zwínglio etc. Eles estavam lá (NA REFORMA PROTESTANTE) no berço da divisão... a sua denominação, bem como a minha, não existiria se Deus não os tivesse usado... daí você compará-los com Mat: 24.24? Por favor Charles W. não sejemos ignorantes. Aqueles homens de Deus tinham como LEMA a LIBERTAÇÃO DO PAPADO, bem como de suas raízes idólatras. Seus debates teológicos foram quase todos direcionados para distinguir o que vinha da tradição eclesiástica e o que vinha da Palavra de Deus. Foram homens de Deus que utilizaram a Bíblia para acabar com a prisão católica! Devemos muito ao SENHOR através deles... E, se eles, que estavam se "libertando" do calabouço romano, não se libertaram da guarda do dia do SENHOR, por verem motivo bíblico para isso, por quê razão nós faríamos isto?
10) Neste tópico o irmão Luciano se utiliza do texto de Colossensses 2.16-17. A resposta que você deu contra este argumento é a de que "este texto não se refere à sábados semanais" e aí você se utiliza do texto de Ron Du Preez. Todavia, observe o que o SENHOR nos ensina em Ex: 31.12:

"Falarás também aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis os meus >>SÁBADOS<<; porquanto isso é um sinal entre mim e vós pelas vossas gerações; para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica." (Ex: 31.13)

A expressão está no plural, como no texto de colossenses e ali, vislumbrando o contexto imediato, percebe que são sábados semanais. Então, dizer que naqueles "Sábados" de colossensses nós não devemos considerar o Sábado semanal é abandonar a boa interpretação (Veja também o texto mencionado de 2 Re 4.23 onde a festa da Lua Nova e o Sábado Semanal são mencionados juntos).

Agora, analisando que estas celebrações eram uma sombra, o Domingo encaixa perfeitamente no que estou dizendo. Uma das definições de Sombra (Segundo o dicionário Luso Brasileiro): "Algo obscuro, disfarçado, relacionado ao futuro". Por isso, defendo biblicamente que o Sábado é uma sobra do que Cristo faria por nós, o descanso que Ele nos daria: "Portanto, tendo-nos sido deixada a promessa de entrarmos no seu descanso, temamos não haja algum de vós que pareça ter falhado. Porque também a nós foram pregadas as boas novas, assim como a eles; mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não chegou a ser unida com a fé, naqueles que a ouviram. Porque nós, os que temos crido, é que entramos no descanso, tal como disse: Assim jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo; pois em certo lugar disse ele assim do >>SÉTIMO DIA<<: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as suas obras; e outra vez, neste lugar: Não entrarão no meu descanso. Visto, pois, restar que alguns entrem nele, e que aqueles a quem anteriormente foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência,
determina outra vez um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, depois de tanto tempo, como antes fora dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações.
Porque, se Josué lhes houvesse dado descanso, não teria falado depois disso de outro dia. Portanto resta ainda um >>REPOUSO SABÁTICO<< para o povo de Deus.
Pois aquele [JESUS] que entrou no descanso de Deus [o lar celestial], esse também descansou de suas obras, assim como Deus das suas. Ora, à vista disso, procuremos diligentemente entrar naquele descanso [o lar celestial], para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência. (Hebreus 4.1-11)

Por isso, o Sábado era uma sobra, ele apontava para o descanso que temos na salvação pela graça de Cristo (Ef: 2.8-9), não pelo cumprimento da lei (Rm: 10-1-4). Como disse, Glênio Fonseca Paranguá: "A Semana do Velho Concerto tinha essa característica de um lazer compensatório, uma vez que o descanso vinha sempre no final do expediente dos seis dias de trabalho, mantendo um sabor de indenização ou aparência de galardão. [...] A Semana do Novo Pacto desestabiliza esse modo de focalizar o assunto, apresentando o dia da vacância no início do período. De acordo com a mentalidade das obras, o descanso vem como consequência do desempenho. Mas, segundo a graça, o desempenho vem em decorrência do descanso [da fé em Cristo]. Essa mudança de conceito é uma reviravolta radical no posicionamento da nova postura." (DO LIVRO: Religião, uma Bandeira do Inferno - P. 137)

Por isso os sábados e as festas cerimoniais judaicas sofreram uma alteração porque elas apontavam para Cristo e sua obra. Por isso, guardo o dia do SENHOR, que era "sombreado" pelo Sábado.

11) CONCLUSÃO: Gostaria de deixar bem claro que o princípio sabático no quarto mandamento não foi abolido, como o próprio Senhor Jesus disse: "Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido." (Mt: 5.18) E, como os céus e a terra ainda não passaram, continuo observando a guarda do descanso sabático. Não sei o Luciano, mas a Bíblia nos mostra como guardarmos o Dia do SENHOR, é só estabelecermos os mesmos padrões que o SENHOR mesmo estabeleceu nas Suas Escrituras quanto ao Sábado, já que, antes da Ressurreição, este dia era considerado o Dia do SENHOR:

"Se desviares do sábado o teu pé, e deixares de prosseguir nas tuas empresas no meu santo dia; se ao sábado chamares deleitoso, ao >>SANTO DIA DO SENHOR<<, digno de honra; se o honrares, não seguindo os teus caminhos, nem te ocupando nas tuas empresas, nem falando palavras vãs; então te deleitarás no Senhor, e eu te farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do Senhor o disse." (Isaías 58.13-14)

Ou seja, o princípio sabático do quarto mandamento continua até hoje, assim como o princípio da preservação da vida do sexto mandamento etc. Assim, o "Sábado Cristão" por assim dizer, é o primeiro dia da semana, quando celebramos ao SENHOR pela libertação que este providenciou para nós. Qualquer dúvida entre em Contato! Que o ESPÍRITO SANTO nos conduza sempre à sua verdade!

Ah! Uma análise interessante sobre transição de um dia para o outro é o CATECISMO DE WESTMINSTER, perguntas 115-121, dá um olhada, pode esclarecer algumas dúvidas.

Pergunta 115. Qual é o quarto mandamento?
R: O quarto mandamento é: “Lembra-te de santificar o dia de sábado. Trabalharás seis dias e farás neles tudo o que tens para fazer. O sétimo dia, porém, é o sábado do Senhor teu Deus. Não farás nesse dia obra alguma, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o peregrino que vive das tuas portas para dentro. Porque o Senhor fez em seis dias o céu, a terá, o mar e tudo o que neles há, e descansou ao sétimo dia: por isso o Senhor abençoou o dia sétimo e o santificou.”
Ref.: Ex 20.8-11
Pergunta 116. Que se exige no quarto mandamento?
R: No quarto mandamento exige-se que todos os homens santifiquem ou guardem santos para Deus todos os tempos estabelecidos, que Deus designou em sua Palavra, expressamente um dia inteiro em cada sete; que era o sétimo desde o princípio do mundo até à ressurreição de Cristo, e o primeiro dia da semana desde então, e há de assim continuar até ao fim do mundo; o qual é o sábado cristão, e que no Novo Testamento se chama Dia do Senhor.
Ref.: Is 56.2,4,6,7; Gn 2.3; I Co 16.2; Jo 20.19-27; Ap 1.10.
Pergunta 117. Como deve ser santificado o Sábado ou Dia do Senhor (= Domingo)?
R: O Sábado, ou Dia do Senhor (=Domingo), deve ser santificado por meio de um santo descanso por todo aquele dia, não somente de tudo quanto é sempre pecaminoso, mas até de todas as ocupações e recreios seculares que são lícitos em outros dias; e em fazê-lo o nosso deleite, passando todo o tempo (exceto aquela parte que se deve empregar em obras de necessidade e misericórdia) nos exercícios públicos e particulares do culto de Deus. Para este fim havemos de preparar os nossos corações, e, com toda previsão, diligência e moderação, dispor e convenientemente arranjar os nossos negócios seculares, para que sejamos mais livres e mais prontos para os deveres desse dia.
Ref.: Ex 20.8,10; Ex 16.25,26; Jr 17.21,22; Mt 12.1-14; Lv 23.3; Lc 4.16; Lc 23.54-56;
Pergunta 118. Por que é o mandamento de guardar o sábado (=Dia do Senhor ou Domingo) mais especialmente dirigido aos chefes de família e a outros superiores?
R: O mandamento de guardar o sábado (=Dia do Senhor ou Domingo) é o mais especialmente dirigido aos chefes de família e a outros superiores, porque estes são obrigados não somente a guarda-lo por si mesmos, mas também fazer que seja ele observado por todos os que estão sob o seu cuidado; e porque são, às vezes, propensos e embaraça-los por meio de seus próprios trabalhos.
Ref.: Ex 23.12
Pergunta 119. Quais são os pecados proibidos no quarto mandamento?
R: Os pecados proibidos no quarto mandamento são: Toda omissão dos deveres exigidos, toda realização descuidosa, negligente e sem proveito, e o ficar cansado deles, toda profanação desse dia por ociosidade e por fazer aquilo que é em si pecaminoso, e por todas as obras, palavras e pensamentos desnecessários acerca de nossas ocupações e recreios seculares.
Ref.: Ex 22.26; Ez 33.31,32; Ml 1.13; Am 8.5; Ez 23.38; Jr 17.27; Is 58.13,14.
Pergunta 120. Quais são as razões anexas ao quarto mandamento, para lhe dar maior força?
R: As razões anexas ao quarto mandamento, para lhe dar maior força são tiradas da equidade dele, concedendo-nos Deus seis dias de cada sete para os nossos afazeres, e reservando apenas um para si, nestas palavras: “Seis dias trabalharás e farás tudo o que tens para fazer”, de Deus exigir uma propriedade especial nesse dia: “O sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus”, do exemplo de Deus, que “em seis dias fez o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e descansou no dia sétimo”; e da bênção que Deus conferiu a esse dia, não somente santificando-o para ser um dia santo para o seu serviço, mas também determinando-o para ser um meio de bênção para nós em santifica-lo: “portanto o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou.”
Ref.: Ex 20.9,10; Ex 20.11;
Pergunta 121. Por que a expressão “lembra-te” se acha colocada no princípio do quarto mandamento?
R: A expressão “lembra-te” se acha colocada no princípio do quarto mandamento, em parte devido ao grande benefício que há em nos lembrarmos dele, sendo nós assim ajudados em nossa preparação para guarda-lo; e porque, em o guardar, somos ajudados a guardar melhor todos os mais mandamentos, e a manter uma grata recordação dos dois grandes benefícios da criação e da redenção, que contém em si a breve súmula da religião; e em parte porque somos propensos a esquecer-nos desde mandamento, visto haver menos luz da natureza para ele, e restringir nossa liberdade natural quanto a coisas permitidas em outros dias; porque esse aparece somente uma vez em cada sete, e muitos negócios seculares intervém e muitas vezes nos impedem de pensar nele, seja para nos prepararmos para ele, seja para o santificarmos; e porque Satanás, com os seus instrumentos, se esforça para apagar a glória e até a memória desde dia, para introduzir a irreligião e a impiedade.
Ref.: Ex 20.8; Ex 16.23; Ez 20.12,20; Gn 2.2,3; Sl 118.22,24; Nm 15.37,38.40;Ex 34.21; Lm 1.7; Ne 13.15-23, Jr 17.21-23;

Esses foram os argumentos dominicais, no próximo a refutação a esses argumentos.

Verdades na Religião - Fernando Silva



Um comentário:

  1. Alguém me apresenta um texto no N.T. onde somos obrigados a guardar o domingo ? Ou melhor, alguém me apresenta um texto do N.T. onde Deus ordena o homem a guardar o domingo?
    Se tem resposta publique aqui e me mande por correio electrónico: nrvenancio@gmail.com

    Se não encontrar um único texto então o domingo não é o dia Santo do Senhor.

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